Ocotea percoriacea Kosterm.

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

Rohwer (1986), relacionaO. percoriacea no grupo de O. floribunda que tem características vegetativas muito variáveis,mas a estrutura floral é relativamente uniforme. O diâmetro das flores varia de5 a 9 mm, as anteras são quaseretangulares, na base, quase mais largas que no ápice, geralmente maiscompridas que largas. Os filetes têm um comprimento de cerca de um terço oumaior do que o comprimento das anteras, até um pouco maior que o comprimentodas anteras. O ovário estéril das flores masculinas sempre apresenta um estigmabem desenvolvido. Ocotea percoriacea pode ser diferenciada das demaisespécies do grupo Ocotea floribunda por apresentar flores densamenteagrupadas, densamente pilosas e folhas rigidamente coriáceas (Quinet, 2008).

Dados populacionais

Foi amostrado um ind. na Fazenda Experimental doGlória, Uberlândia, MG (Silva, 2006). Oliveira (2011) em um estudo na EstaçãoEcológica do Panga, Uberlândia, MG, encontrou em 1997, um ind. da espécie, oqual não foi mais encontrado nos anos de 2002 e 2007. Na RPPN Mata doJambreiro, Nova Lima, Minas Gerais, Versieux et al. (2011) amostraram também um ind. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Samuel de Paula, NovaLima, MG, foram amostrados dois ind. (Salino et al., 2009).

Distribuição

Ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Quinet et al., 2011).

Ecologia

Arbusto de 2 a 3 malt., dióico, áureo-pubérula a glabrescente. Folhas alternas; lâmina cartáceo-coriácea, largamente lanceolada, face abaxial áureo-pubescente,com pontuações glandulares glaucas. Inflorescênciaterminal ou axilar, botrióide. Flores diclinas, tépalas áureo-tomentosas, papilosas. Fruto bacáceo, globoso, sobre cúpulaobcônica. Floração: abril, novembro e dezembro; frutificação: janeiro, julho eoutubro (Quinet, 2008). Ocorre geralmente entre rochas ouem solo arenoso ou ainda próximo a brejos altiplanos, nos Estados da Bahia,Minas Gerais e Rio de Janeiro, limite entre os dois últimos Estados nos Campos de Altitude do Parque Nacional do Itatiaia. Campos Rupestres (Quinet, 2008).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes São ameaças à Cadeia do Espinhaço, MG, as ocupações urbanas, estradas, atividadesminerais e pastagens constituem as principais ameaças ambientais às espécies(AMDA, 2008). O desmatamento, em décadas recentes, para a produção de carvãovegetal usado na indústria de aço, e as conseqüências do crescimento urbanocontínuo, agricultura, mineração e pastagem áreas tem contribuído para as taxasalarmantes de fragmentação do bioma Mata Atlântica na Cadeia da Espinhaço (Versieuxet al., 2010).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como: Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, MG(Ressel et al., 2004); RPPN Mata do Jambreiro, Nova Lima, MG (Versieux et al., 2011);RPPN Feliciano Miguel Abdala (Veado, 2002); Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitanade Belo Horizonte (APA Sul RMBH) (Spósito; Stehmann, 2006).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).